Tabernáculos

As festas bíblicas são ordens sagradas do Senhor. Elas não são judaicas; são, antes de mais nada, do SENHOR, declaradas como estatuto eterno (Lv. 23;1-44).

Essas festas não são um convite para que a Igreja volte à primeira aliança, mas para sustentar a mensagem que elas transmitem. Elas apontam para o fim, para o Cordeiro e falam da parusia, ou seja, a segunda vinda do Messias.

"Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias."; "A Festa dos Tabernáculos, celebrá-la-ás por sete dias, quando houveres recolhido da tua eira e do teu lagar."; "Três vezes no ano, todo varão entre ti aparecerá perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher, na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabernáculos; porém não aparecerá de mãos vazias perante o SENHOR; (Lv 23;34 Dt. 16;13  Dt. 16;16)

Tabernáculo é a preparação, por fé, do caminho do Senhor; é caminhar trabalhando, tirando as pedras, deixando o caminho livre e seguro para que todos possam ver o Rei entrar. Tirar as pedras do caminho é profético para poder estabelecer e anunciar que o Senhor está voltando.

"Passai, passai pelas portas; preparai o caminho ao povo; aterrai, aterrai a estrada, limpai-a das pedras; arvorai bandeira aos povos. Eis que o Senhor fez ouvir até às extremidades da terra estas palavras: Dizei à filha de Sião: Eis que vem o teu Salvador; vem com ele a sua recompensa, e diante dele o seu galardão. Chamar-vos-ão: Povo santo, remidos do Senhor; e tu, Sião, serás chamada a Procurada, a Cidade não deserta." (Is. 62:10-12).

Então todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos. (Zc 14:16)

E celebrareis esta festa ao Senhor, por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo, a celebrareis. (Lv 23;41)

Por que comemoramos as festas bíblicas?  Por que olhamos para Jerusalém?

A Palavra diz que somos co-herdeiros da promessa de Deus  a Abrãao, que devemos orar pela paz em Jerusalém (Sl 122;6) e que de Jerusalém sairá a palavra do Senhor. (Is 2;3)

Temos assistido  desde nossa conversão, ao paradigma (conceito) totalmente inverso aquilo pré-determinado por Deus. Vemos a implantação enraizada de conceitos ‘disseminados’ por Roma que não são bíblicos, e Deus tem levantado homens e mulheres nesse tempo para explicar porque devemos olhar para Israel, pois olhar para Israel é bíblico, entretanto olhar para Roma e seus conceitos é perdição.

Na descendência de Noé, Deus viu o coração de Sem, que habitou na região asiática e foi da descendência de Sem que nasceu Abrão. Abrãao gerou a Isaque  - Jacó  - Judá – Aminadabe – Salmon – Jesse – Davi – Salomão.....várias gerações até chegar em Jesus. Somos abençoados porque abençoamos e oramos por Jerusalém.

Naquele dia se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdido pela terra...tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo em Jerusalém. (Is 27;13)

Como co-herdeiros, temos o dever de nos alegrar diante do Senhor e um dos mandamentos de Deus, é comemorar a Festa dos Tabenáculos, ou SUKOT, também chamada de Festas das Cabanas ou Colheitas. Tabernáculos é uma festa de muita alegria O Senhor diz: Por sete diz vos alegrareis na presença do Senhor.

Sukot para o povo de Israel não convertido

Hoje a Sukot para o povo de Israel não convertido (judeu que não aceitou a Jesus) é uma comemoração para lembrar do tempo do deserto e da absoluta dependência de Deus.

A Sukot para nós (e o judeu na fé completa)

A Sukot para nós (e o judeu na fé completa), também é extremamente importante, porque ela fala do próprio Messias. Nos lembramos do nosso resgate das trevas. Avaliamos e trazemos ao Senhor os frutos do Espírito (Gl 5;22). Ao final da Sukot Deus quer nos dar uma grande colheita...vidas convertidas aos pés de Jesus, prosperidade em todas as áreas da nossa vida, pois Ele é o Deus da provisão.

Significado Velho Testamento ou Antiga Aliança

  • Deus os guardou.

Sucot (cabanas, tabernáculos, tendas) , palavra hebraica plural da palavra Sucah, é o nome dado à Festa que originalmente lembra o povo de Israel, que durante 40 anos seus antepassados peregrinaram no deserto, e habitaram em frágeis cabanas, feitas de galhos e cobertas com folhas.

A fragilidade destas construções, imediatamente remete o pensamento como Deus os guardou (das variações climáticas do deserto, das doenças, dos desgaste do próprio tempo), quando eles habitavam em cabanas feitas, de carne, ossos, pele e pêlos, frágeis, mais amados e protegidos. É disto que fala Sucot.

Comparação inquestionável com a nova aliança,  Jesus Cristo, ter vindo a este mundo como homem, como Emanuel - Deus conosco, Deus habitando entre nós, Deus no meio de nós, Deus tabernaculando, entre nós.

Significado do Novo Testamento ou Nova Aliança

  • Deus habita em nós.

Diferentemente de outras Festas que tiveram seu cumprimento profético em Jesus Cristo no decorrer da história, como O Pêssach (Páscoa), que marca a Nova Aliança de Deus através da morte expiatória de Jesus Cristo na Cruz do Calvário. e Shavuot (Pentecostes), que marca o Derramar do Espírito Santo sobre os remidos de Deus, que vivificou a Palavra que foi para o Inferno no nosso lugar, agora, se derrama sobre todos aqueles que crêem e que invocam o Nome de Jesus Cristo de Nazaré.

O Sucot no entanto, é uma Festa para ser comemorada (ainda estar para acontecer) na Terra Prometida, quando deixarmos de habitar em Tendas. O profeta Zacarias que profetizou a celebração desta Festa durante o Milênio em que Jesus Cristo reinar desde Jerusalém sobre todo o mundo.

"Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos." "Se a família dos egípcios não subir, nem vier, não cairá sobre eles a chuva; virá a praga com que o SENHOR ferirá as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos." "Este será o castigo dos egípcios e o castigo de todas as nações que não subirem a celebrar a Festa dos Tabernáculos."  (Zc.: 14;16, 18 e 19)

Somos o tabernáculo de Deus, e Jesus habita em nós.

No tempo em que o povo ia adorar ao Senhor no tabernáculo, o povo se reunia em volta dele em cabanas A Sucá era feita com ramos e folhas de Palmeiras, portanto uma estrutura temporária, frágil e vulnerável ao tempo.  Aquele povo vivia na dependência do Senhor.

A Sucá representa nosso corpo, nossa vida e como somos frágeis e por isso Jesus nos ensinou dependermos das providências  de Deus.

Lembramos que o nosso materialismo (nosso conforto hoje do dia-a-dia) não será levado – com isso a Sucá nos lembra que não podemos ser vaidosos. Sucá fala de humildade.

A Sucá nos lembra que não devemos nos engrandecer daquilo que Deus nos permitiu ter de bens. (Jesus nos ensinou) A Sucá nos lembra em nos preocuparmos com a nossa vida espiritual - nossa salvação.

Sucá por ser pequena e sem divisórias as pessoas habitavam no mesmo espaço, e dividiam com os irmãos aquilo que o Senhor havia dado. A Sucá nos lembra portanto que somos um só Corpo.

Sucá era uma habitação temporária e cumpria um objetivo – assim também somos temporários e vivemos nesse mundo pela fé e esperança em Jesus e temos um objetivo ide e ensinai a todas as nações (Mt 28;19).

A Sucá suportava o calor do dia e o frio da noite e os ventos, mas continuava em pé – resistindo. Com isso a Sucá nos lembra que apesar de toda violência e resistência que recebemos ao aceitarmos a Cristo, é nosso compromisso aguentarmos e ganharmos vidas, evangelizado-as, sempre com uma visão de conquista de territórios.

Vivemos em um tempo difícil, onde a valorização daquilo que se vê tem sido mais importante.  Deus, no entanto, tem buscado e levantado homens e mulheres valentes e sobre eles tem derramado um avivamento muito especial. Homens e mulheres que tem orado pela paz em Jerusalém.  São pastores que reconhecem a voz do Mestre, e os seu chamado....

A Igreja já está dizendo: Baruch Habah B'shem Adonai! Bendito o que vem em nome do Senhor!

Celebre conosco nestes dias e exalte não a um Jesus preso numa cruz, impotente, mas ao Jesus que ressuscitou e ascendeu aos céus com autoridade; não a um Jesus derrotado e morto que caminha pelas ruas carregado por outros, mas ao Jesus vivo que nos carrega; não a um Jesus numa manjedoura, menino, imaturo, mas ao Jesus que nasceu, foi menino, cresceu, morreu, ressuscitou e em breve voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores para levar Sua Noiva, a Igreja.

 

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Comentário : Específico sobre Tabernáculos  /  www.shemaysrael.com   /   Rav. Mário Moreno

O Senhor tem nos mostrado que a Festa dos Tabernáculo, para nós cristãos dos últimos dias, se reveste de um significado especialíssimo. Durante séculos a igreja cristã institucional tem observado apenas a festa da Páscoa - dentre as três grandes festas de Israel - Páscoa, Pentecostes, Tabernáculos (Dt 16 e Lv 23). Para nós, a Festa dos Tabernáculos significa a habitação do Senhor em nosso meio (2 Co 6:16b-18), e também o fato de que estamos entrando na nossa Herança (de que Canaã era uma figura). Na verdade, D-us habitou em nosso meio na pessoa de Yeshua ( Jesus ). Em João 1:14, que diz: "E o verbo se fez carne, e habitou entre nós", a palavra no original não é habitou, mas "tabernaculou" entre nós. Isto demonstra que Yeshua ( Jesus ) era "D-us conosco", ou seja, D-us tabernaculando conosco.

Significado profético

Além disto, a Festa dos Tabernáculos é uma Festa Profética. A sua mensagem nos fala da nossa herança, isto é, "da medida da plenitude da estatura de Yeshua Ha Mashiach", a que a Palavra de D-us nos promete que chegaremos em breve (Ef 4:11-16). Fala da glória de D-us a ser manifestada nesta "última casa" (Ag 2:8). Fala não apenas do milagre da provisão de D-us no meio do deserto, mas de uma provisão superabundante na terra que é nossa herança, onde teremos não apenas as "primícias", "o penhor da nossa herança" (Rm 8:23; Ef 1:13,14), que é o Espírito Santo, mas teremos a plenitude da herança, a posse de tudo o que o Senhor tem reservado para os seus filhos.

Significado prático

A Festa dos Tabernáculos não é apenas algo que comemoramos uma vez por ano, em setembro-outubro, relembrando o passado, mas significa, para nós, uma EXPERIÊNCIA. Assim como a Páscoa é para os alvos uma experiência (libertação do pecado e da escravidão), e também o Pentecostes é uma experiência (batismo com o Espírito Santo), Tabernáculos é uma experiência a ser atingida pela Igreja Cristã, pois profetiza a salvação de vidas, pois nessa festa celebramos a Cristo, como Senhor sobre as nações, a nossa nação, a nossa cidade, bairros, ruas e  suas famílias.

O Calendário de Deus

O povo judeu possui um calendário próprio, sendo que estão já bem próximos de 6.000 anos. Fazendo uma análise dos personagens bíblicos e da genealogia, comparando suas idades e épocas em que viveram, chegamos à conclusão que desde o primeiro homem, Adão, até Abraão, o pai da Fé, passaram cerca de 2.000 anos.

De Abraão até o nascimento de Jesus, se passaram mais 2.000 anos.Sabendo que já está se completando mais de 2.000 anos, do nascimento e vida terrena de Jesus, precisamos nos aperceber do que Deus nos diz nos textos citados acima; são 6.000 anos.

O Sétimo é do Senhor. Bem se você já ficou maravilhado veja agora sobre as Festas: Imediatamente depois de Deus repetir o mesmo conceito do SHABAT, algumas vezes para Moisés, Deus pede que ele e todo o povo celebre Festas anualmente para Ele, por todas as gerações.

Vejamos: Três vezes no ano me celebrareis festa. Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim. Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho.

Três vezes no ano, todo homem aparecerá diante do SENHOR Deus. (Êxodo 23:14-17 RA) Primeiro o que é mais interessante é que o próprio Deus é claro em dizer: Me façam Festa! Vemos também que as tais Festas, estão ligadas a três coisas: Colheitas, Comidas e Ofertas.

Há um tempo determinado para a primeira Festa (A Festa dos Pães Asmos), no mês chamado de ABIBE, que passa a ser o Primeiro mês do Calendário Judaico. Num outro texto um pouco mais longo em Levítico no capítulo 23 O SHABAT e as Festas, são novamente recomendadas por Deus, agora, com instruções mais detalhadas de como deverão ser celebradas.

Outros nomes são usados para as Festas e outras datas importantes são acrescentadas, embora, não se subtraia qualquer coisa do que Deus, já havia pedido:

Novamente Deus chama a atenção para o SHABAT. Entenda quando Deus faz isto, está dizendo: Não se esqueça, que o meu Kairós, está ligando ao teu Kronos, e quando o teu Kronos estiver marcando SETE, o meu Kairós está para manifestar-se, isso nos é demonstrado através das Festas