Testemunha de Jeová

Este é um movimento religioso que, ainda que pequeno na idade (foi fundado no fim dos anos 1800), exerce influência no mundo religioso de hoje em escala internacional. Há pouca oportunidade para se separar a história das Testemunhas de Jeová e a dos homens que serviram como presidentes da Sociedade Torre de Vigia. O primeiro destes foi Charles Taze Russell (1881-1916), sucedido por J. F. Rutherford (1917-1942), sucedido por Nathan Knorr (1942-1977), sucedido pelo atual presidente da Sociedade, Fred Franz.

Não estamos motivados a fazer este exame por qualquer dúvida quanto a sinceridade e integridade pessoal das Testemunhas de Jeová mas, antes, por nossa extrema concordância com o seguinte preceito declarado numa publicação de uma Testemunha de Jeová:
  
"Precisamos examinar, não somente o que cremos pessoalmente, mas também o que é ensinado por qualquer organização religiosa à qual possamos estar associados. Seus ensinamentos estão em plena harmonia com a Palavra de Deus, ou estão baseados em tradições dos homens? Se somos amantes da verdade, nada há a temer de tal exame." (The Truth That Leads to Eternal Life, Brooklyn: The Watchtower Bible and Tract Society of Pennsylvania, 1968, pág. 13).
  
As Testemunhas de Jeová crêem que todos devemos examinar nossas crenças religiosas, um preceito que podemos encontrar também dentro das páginas da Bíblia (Efésios 5;9-11; 1 Tessalonicenses 5;21; 1 João 4:1). Esperamos que elas não se ofendam com nosso exame de algumas de suas crenças fundamentais que parecem estar fora de harmonia com a vontade revelada de Deus. Se elas, na realidade, têm a luz da verdade de Deus, deveriam estar desejando perfeitamente ter suas crenças expostas à luz do exame público minucioso, porque Jesus disse em João 3:20-21:

Jo 3;20-21 Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüídas [expostas] as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus.

Assim, examinar a doutrina das Testemunhas de Jeová é obedecer tanto a Jesus como à Sociedade Torre de Vigia, e deverá ser agradável a ambos. Para levar a efeito tanto o que a Bíblia como a Sociedade Torre de Vigia nos encorajam a fazer, é necessário saber o que é um falso profeta. Em Deuteronômio 18:20-22, encontramos a definição de Deus:

Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do SENHOR, e a palavra dele não se cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta: não tenhas temor dele

Que as Testemunhas de Jeová crêem realmente que sua organização é um "profeta" estabeleceremos plenamente mais tarde. Para o presente, contudo, citemos de um artigo de 1 de Abril de 1972, da Watchtower (a revista conhecida no Brasil como Sentinela), "Eles Saberão que um Profeta Estava entre Eles", a seguinte afirmação:

"Então, Jeová tem um profeta para ajudá-los, para adverti-los dos perigos e para declarar as coisas que estão por vir? Estas perguntas podem ser respondidas afirmativamente. Quem é o profeta? ...Este 'profeta' não era um homem, mas um corpo de homens e mulheres. Era um pequeno grupo de caminheiros seguidores de Jesus Cristo, conhecido naquele tempo como Estudiosos Internacionais da Bíblia. Agora são conhecidos como  as testemunhas cristãs de Jeová...." (The Watchtower, 1 de julho de 1973, pág. 401; 1 de abril de 1972, pág. 197, citada por Edmond C. Gruss, We Left Jehovah's Witnesses ­ A Non-Prophet Organization, Nutley, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., pág. 137.)
  
Desde o início das Testemunhas de Jeová, seus líderes têm inculcado em seu povo um sentido de urgência sobre a batalha de Armagedom. Eles lhes asseguram que a batalha de Armagedom (ou Har-Magedon nos escritos deles), "A Batalha de Jeová Deus Todo-poderoso na qual seu oficial executivo Jesus Cristo conduz forças de justiça invisíveis para destruir Satanás e sua organização demoníaca e humana, eliminando a impiedade do universo e estabelecendo a soberania universal de Jeová", está realmente sobre elas.

A lista seguinte de predições e datas mostra a extrema incapacidade para predizer a "batalha de Har-Magedon," não devemos temer suas declarações.
  
1877

"O fim deste mundo, isto é, o fim do evangelho e o começo da idade do milênio está mais próximo do que a maioria dos homens supõe; na verdade, já entramos no período de transição, que tem que ser um 'tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação' (Daniel 12:1)." (N. H. Barbour e C. T. Russell, Three Worlds, and the Harvest of this World, pág. 17, citado por Edmond C. Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, Nutley, N. J.: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1972, pág. 82.)
  
1886

"A perspectiva na abertura do Ano Novo tem alguns aspectos muito encorajadores. As evidências exteriores são que o agrupamento das hostes para a batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso está progredindo, enquanto as escaramuças estão começando. ...É chegada a hora do Messias tomar o domínio da terra e derrubar os opressores e corruptores da terra (Apocalipse 19:15 e 11:17-18) em preparação para o estabelecimento da paz eterna sobre a única fundação firme de justiça e verdade." (Watchtower Reprints, I, pág. 817, citada Ibidem, pág. 82.)
  

1889

"... a 'batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso' (Apocalipse 16:14), que terminará no ano 1914 d.C. com a completa derrubada da presente dominação da terra, já começou. A reunião dos exércitos é plenamente visível do ponto de vista da Palavra de Deus." (The Time is at Hand, 1889 ed., pág. 101. A edição de 1915 deste texto mudou o "1914 d.C." para "1915 d.C.", citado por Gruss, Ibidem, pág. 140.)
  
"Em verdade, é esperar grandes coisas ao declarar, como o fazemos, que dentro dos vinte e seis anos vindouros todos os governos presentes serão depostos e dissolvidos...."
(C. T. Russell, Studies in the Scriptures, II, Brooklyn: International Bible Students Association, 1915, págs. 98,99).
  
1894

"Agora, em vista das recentes perturbações trabalhistas e ameaça de anarquia, nossos leitores estão escrevendo para saber se não poderá haver um engano na data de 1914. Eles dizem que não vêem como as condições presentes podem agüentar durante tanto tempo sob o esforço. Não vemos razão para a mudança dos algarismos, nem poderíamos mudá-los se quiséssemos. Elas são, cremos, datas de Deus, e não nossas. Mas temos em mente que o fim de 1914 não é a data para o início, mas para o fim do tempo de angústia." (Watchtower Reprints, II, pág. 1677, citado Ibidem, pág. 140.)
  
1897

"... completa destruição 'das forças que forem' de 'este mundo mau presente' -- político, financeiro, eclesiástico -- sobre o fim dos 'Tempos dos Gentios,' 1914 d.C." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, IV, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society 1897, pág. 622.)


1904

"De acordo com nossas expectativas, a tensão do grande tempo de angústia será logo sobre nós, algo entre 1910 e 1912, culminando com o fim dos 'Tempos dos Gentios,' outubro de1914. (C. T. Russell, The New Creation, 1904, pág. 579, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, pág. 140.)
  
1914

"Conquanto seja possível que o Har-Magedon possa começar na próxima primavera, ainda é pura especulação tentar dizer exatamente quando. Vemos, contudo, que há paralelos entre o fechamento da era judaica e a era deste Evangelho. Estes paralelos parecem apontar para o ano justamente diante de nós, particularmente os primeiros meses." (Watchtower Reprints, VI, September 1, 1914, pág. 5527, citado Ibidem, pág. 141.)
  

1915

"A batalha de Har-Magedon, para a qual esta guerra está levando, será uma grande disputa entre o justo e o errado, e significará completo e eterna derrubada do erro e o estabelecimento permanente do reinado justo do Messias, para a bênção do mundo." (Watchtower Reprints, VI, April 1, 1915, pág. 5629, citado Ibidem, pág. 142.)
  
Em certo tempo durante a Primeira Guerra Mundial, C. T. Russell, primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia, escreveu:
  
"A presente guerra na Europa é o começo do Har-Magedon das Escrituras. (Apocalipse 16:16-20). Ele culminará com a completa derrubada dos sistemas de erro que têm oprimido durante tanto tempo o povo de Deus e enganado o mundo.... Cremos que a presente guerra não pode durar mais até que a revolução irrompa."
(C. T. Russell, Pastor Russell's  Sermons, pág. 676, citado Ibidem, pág. 142.)


1917

"Prevemos que o 'terremoto' ocorrerá no princípio de 1918, e que o 'fogo' chegará no outono de 1920." (Comentários sobre Apocalipse 11:13, The Finished Mystery, Edição de 1917. A edição de 1926 diz: "e aquele 'fogo' seguir-se-á no tempo devido." Citado Ibidem, pág. 144.)
  
1920

"Esta é a Era de Ouro que os profetas previram e a qual o salmista cantou; e é hoje privilégio do estudante da Palavra divina, pelo olho da fé, ver que estamos em pé nos próprios portais do tempo abençoado! Olhemos para o alto e levantemos nossas cabeças. A libertação está à porta!" (J. F. Rutherford, Millions Now Living Shall Never Die, 1920, pág. 97, citado Ibidem, pág. 145.)
  
1929

Porque então alguns judeus retornaram à Palestina, encontramos a seguinte declaração na Life, uma publicação da Sociedade:
  
"Isso prenunciou o propósito de Deus agora para brevemente despedaçar a organização do diabo que domina todas as nações da terra, e então trazer paz e prosperidade para o povo; e a todos os que o obedecem será garantida vida eterna na terra."
(Life, 1929, págs. 346-347, citada Ibidem, pág. 146.)
  
"Satanás sabe que breve terá que lutar com o Senhor, e portanto ele se prepara para o conflito." (J. F. Rutherford, Prophecy, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1929, pág. 266.)
  
1930

"O grande clímax está próximo. Os reis da terra agora se colocam contra a Pedra ungida." (J. F. Rutherford, Light, II, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1930, pág. 327)
  
1931

"O reino de Deus começou a operar. Seu dia de vingança está aqui e o Har-Magedon está próximo e certo para cair sobre a cristandade e isto dentro de um prazo bem curto. O julgamento de Deus está sobre a cristandade e tem que ser executado brevemente." (J. F. Rutherford, Vindication, I, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1931, pág. 147.)
  
1939

"A abundância de evidência das Escrituras, junto com fatos físicos que aconteceram mostrando o cumprimento da profecia, prova conclusivamente que o tempo da batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso está muito próximo e que nessa batalha todos os inimigos de Deus serão destruídos e a terra limpa de iniquidade.

Do mesmo modo hoje, todas as nações e povos da terra estão face a face com a maior emergência. Eles estão sendo advertidos, como Deus ordena, que o desastre do Har-Magedon está logo aí." (J. F. Rutherford, Salvation, Brooklyn, Watchtower Bible and Tract Society, 1939, págs. 310 e 361, citadas por Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, pág. 148.)
  
1940

"As profecias do Deus Todo-poderoso, o cumprimento das quais aparece agora claramente pelos fatos físicos, mostram que o fim da religião chegou e com o seu fim a queda completa da inteira organização de Satanás.... O dia do ajuste final está bem próximo." (J. F. Rutherford, Religion, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1940, págs. 336, 338.)
  
1941

"O Har-Magedon está certamente próximo, e durante esse tempo o Senhor limpará da terra tudo o que ofende e é desagradável." (J. F. Rutherford, Children, 1941, pág. 366, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, pág. 149.)

1942

"O novo mundo está à porta.... O tempo é curto. Aqueles que não se informam e que não escolhem agora o novo mundo que Os Poderes Superiores estabelecerão nunca viverão para entrar nas bênçãos e glórias." (The New World, 1942, pág. 10, citado por Gruss, op. cit., pág. 150.)
  

1943

"A guerra final virá como uma surpresa muito súbita e completa.... Contudo, o aparecimento da 'abominação desoladora no santo lugar' é uma prova infalível de que o dia e a hora desconhecidos do começo da guerra final estão perigosamente pertos" (The Truth Shall Make You Free, Brooklyn: The Watchtower Bible and Tract Society, 1943, pág. 341.)

1944

A respeito do estabelecimento das Nações Unidas, a Sociedade ensinou:
  
"Como uma das evidências mais positivas de que 'o reino do céu está próximo' e que o fim do arranjo do mundo está perto, Jesus predisse o estabelecimento daquela organização anti-Cristo."
(The Kingdom is at Hand, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1944, pág. 342).
  

1946

"O desastre do Har-Magedon, maior do que o que caiu sobre Sodoma e Gomorra, está à porta." (Let God Be True, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1946, pág. 194.)


1950

"Toda criatura inteligente sobre a terra precisa determinar seu próprio destino. Agora, na consumação deste sistema de coisas, quando o julgamento das nações está a caminho e a separação das ovelhas dos bodes com destinos opostos está se aproximando uma conclusão, sim, agora é a hora urgente de determinar seu destino."

"A marcha avança! Para onde? Para o campo de Har-Magedon, para a 'guerra do grande dia do Deus Todo-poderoso'! ... É inevitável, pois a hora de Jeová chegou para acertar definitivamente o assunto da soberania universal." (This Means Everlasting Life, 1950, págs. 307, 311, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, pág. 93.)

1955

"... à luz do cumprimento de profecia bíblica, está ficando claro que a guerra do Har-Magedon está se aproximando de seu ponto empolgante." (You May Survive Armageddon into God's New World, 1955, pág. 331, citado Ibidem, pág. 93.)
  

1966

"Que tempos cataclísmicos estão se aproximando rapidamente! Um clímax na história do homem está à porta! Quão vital, então, para cada um que ama a vida tomar nota destas evidências da história que apontam para o fim que se aproxima deste sistema perverso!" (Awake!, October 8, 1966, pág. 20, citado Ibidem, pág. 94.)
  
1969

"Resta somente pouco tempo antes que Jeová destrua este perverso sistema de coisas." (The Watchtower, January 15, 1969, pág. 39.)

1975

Sobre esta data, a Sociedade ensinou:
  
"De acordo com esta confiável cronologia bíblica, seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975, e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono de 1975 d.C. ... Seis mil anos da existência do homem estarão acabados logo, sim, dentro desta geração.... Não seria por mero acaso ou acidente, mas seria de acordo com o propósito amoroso do Deus Jeová para o reino de Jesus Cristo, o "Senhor do sábado," correr paralelo com o sétimo milênio da existência do homem."
(Life Everlasting in Freedom of the Sons of God, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1966, págs. 29-30.)
  

O PONTO DE VISTA OFICIAL DA SOCIEDADE TORRE DE VIGIA 

O registro das advertências feitas pela Sociedade Torre de Vigia, (The Watchtower) da eminência da batalha do Har-Magedon, é uma confusão de afirmações conflitantes e contraditórias. Assim, as seguintes declarações que anunciam The Watchtower, são extremamente inacreditáveis:

"Desde 1879 tem sido publicada regularmente em benefício dos estudantes sinceros da Bíblia. Durante esse extenso período de tempo The Watchtower tem-se provado consistentemente confiável." (New World Translation of the Christian Greek Scriptures, 1950, pág. 793, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses and Prophetic Speculation, pág. 97.)
  
"Durante noventa anos este jornal fiel tem estado apontando para este mesmo tempo, instando com o povo para se voltar para a Bíblia, por causa da fome espiritual que a própria Bíblia predisse que viria em nossa geração."
(Awake!, última capa, 8 de janeiro de 1970, citado Ibidem pág. 98.)
  

Tais falsidades gritantes como essas são quase insuperáveis! Uma mentira premeditada não poderia ser melhor exemplo de publicidade falsa.
Qual é a resposta?

Sem querer, as Testemunhas de Jeová tem se indiciados como falsos profetas:
  
"Na verdade, tem havido nos tempos passados aqueles que predisseram um 'fim do mundo,' até anunciando uma data específica ... Contudo, nada aconteceu. O 'fim' não veio. Eles foram culpados de profecia falsa. Por quê? O que estava faltando? Faltava a plena medida de evidência exigida no cumprimento da profecia bíblica. Faltando em tais pessoas estavam as verdades de Deus e a evidência de que Ele as estava guiando e usando."
(Awake! October 8, 1966, pág. 23, citado Ibidem, pág. 98.)
  
Estamos perfeitamente de acordo com essa declaração, contudo observe a aplicação óbvia dela a esta afirmação de The Watchtower:

"A partir de 1880, The Watchtower aponta para 1914 d.C. como a data marcando o fim do mundo, quando grande tribulação viria sobre as nações; mas naquele tempo não foi visto pelo povo de Deus na terra que a tribulação seria a batalha de Jeová contra a organização de Satanás. Por muitos anos as Testemunhas acreditaram, e assim declararam em The Watchtower, que o 'tempo da tribulação' seria um terrível embate entre os vários elementos da terra, tais como capital e trabalho. Só depois de 1925 'o tempo da tribulação' foi entendido escrituralmente ..." (The Watchtower, February 1, 1938, pág. 35, citado por Edmond Gruss, We Left Jehovah's Witnesses--A Non-Prophet Organization, Nutley, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1974, pág. 153.)

Observe o testemunho de H. C. Covington, Concílio Geral da Sociedade Torre de Vigia, que representou a Sociedade no Julgamento da Escócia. Esse julgamento aconteceu na Escócia em novembro de 1954, e foi um caso experimental levado pela Sociedade para impedir a convocação pela Escócia de Testemunhas de Jeová para o serviço militar. Covington admitiu o fracasso das profecias primitivas feitas pelos líderes Sociedade 

(Observação: as Perguntas (P) foram feitas no tribunal, e as Respostas (R) foram dadas por H. C. Covington):
  
Resposta: Isso foi a publicação de uma profecia falsa, foi uma declaração falsa ou uma afirmação errônea em cumprimento de uma profecia que era falsa ou errônea.
  
P: Voltemos ao ponto, agora. Uma profecia falsa foi promulgada?
R: Concordo com isso.
  
P: Ela tinha que ser aceita pelas Testemunhas de Jeová?
R: Isso é correto.
  
P: Se um membro das Testemunhas de Jeová adotasse por si mesmo o ponto de vista que essa profecia era errada e dissesse isso, ele seria excluído da comunhão?
R: Sim, se ele dissesse isso e continuasse persistindo em criar problema ... Nosso propósito é ter unidade.
  
P: Unidade a todo custo?
R: Unidade a todo custo....
  
P: Uma unidade baseada na aceitação forçada de profecia falsa?
R: Isto é concedido como verdadeiro.

(H. C. Covington, Pursuer's Proof of Trial in Scottish Court of Sessions, Douglas Walsh vs. The Right Honourable James Latham Clyde, M.P., P. C., págs. 341-342.)

Assim, até mesmo a liderança das Testemunhas de Jeová ingenuamente admite a validade, que a organização das Testemunhas de Jeová foi fundada e baseada sobre a aceitação forçada do ensinamento de falsos profetas.

 

A posição das Testemunhas de Jeová em três áreas:

1. A interpretação das Escrituras, 

2. A pessoa de Jesus, e 

3. Diversas outras questões doutrinárias.  

 

As Testemunhas de Jeová apontam energicamente para a servidão  espiritual daqueles que estão em sujeição às hierarquias eclesiásticas   e dizem que todos devem ter mente aberta e investigar a verdade da Bíblia por si mesmos. Contudo, as próprias Testemunhas de Jeová não podem ser fiéis à Sociedade Torre de Vigia e questionar suas próprias crenças e são, portanto, um dos grupos religiosos mais eclesiasticamente dominados que o mundo já conheceu. Isto é verdadeiro agora, e sempre foi desde o início do movimento.

Charles Taze Russell, o fundador do movimento, escreveu sobre sua série de livros, Studies in the Scriptures, in 1910:
  
"Não somente achamos que as pessoas não podem ver o plano divino estudando por si a Bíblia, como vemos, também, que se alguém puser de lado 'Scripture Studies' -- mesmo depois que os tiver usado, depois que os tiver lido durante dez anos -- e os ignora e vai para a Bíblia sozinho, ainda que ele tenha entendido sua Bíblia durante dez anos, nossa experiência mostra que ele vai para as trevas. Por outro lado, se ele tivesse apenas lido 'Scripture Studies' com suas referências e não tivesse lido uma página da Bíblia como tal, ele estaria na luz no fim de dois anos, porque ele teria a luz das Escrituras."
(Watchtower, 15 de setembro de 1910. Encontramos este mesmo comentário em Watchtower, Julho 1957, citada por Anthony A. Hoekema, The Four Major Cults, Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1963, pág. 227.)

Muitas vezes, quando as pessoas confrontam as Testemunhas de Jeová com esta afirmação, elas apressadamente replicam que não acreditam mais na declaração de Russell. Contudo, ainda acreditam que não se pode entender a Bíblia sem o auxílio da Sociedade Torre de Vigia e suas publicações, como a revista Sentinela (ou, in inglês, Watchtower). Observe as seguintes declarações em publicações mais recentes:
  
"Jeová tinha escolhido a publicação que agora chamamos Sentinela para ser usada como um canal através do qual trazer ao mundo da humanidade a revelação da vontade divina e, através das palavras reveladas em suas colunas, fazer uma divisão da população do mundo entre aqueles que farão a vontade divina e aqueles que não farão."
(Jehovah's Witnesses in the Divine Purpose, 1959, pág. 22, citada por Edmond C. Gruss, Apostles of Denial, Nutley, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1970, pág. 218.)
  
"Ele não concede seu espírito santo e um entendimento e apreciação de sua Palavra separadamente de sua organização visível.... Contudo, para Deus responder nossas orações por seu espírito, precisamos atender a certas condições, entre as quais está que reconheçamos o canal visível que ele está usando com esse mesmo propósito."
(The Watchtower, 86:391, 1 de julho de 1965, citado Ibidem, pág. 219.)
  
Assim, as Testemunhas de Jeová têm ainda que crer que não se pode nem apreciar, nem entender a vontade de Deus, nem nossas orações serem ouvidas, a menos que reconheçamos a Sociedade Torre de Vigia como a única organização de Deus para revelar a verdade divina sobre esta terra.

Para ilustrar mais que as Testemunhas de Jeová têm que aceitar sem questionar as interpretações oficiais da Sociedade Torre de Vigia, ouça as palavras de Fred Franz, Vice-Presidente da Sociedade Torre de Vigia. Estas foram dadas sob juramento em um julgamento na Escócia, para estabelecer a isenção militar das Testemunhas de Jeová naquele país em 1954 [Observação: as Perguntas (P) foram feitas no tribunal, e as Respostas (R) foram dadas por Fred Franz]:
  
P: E ouviremos como essa Sociedade é formada e ordenada. É essa vista pelas Testemunhas de Jeová como a agência visível que Deus Jeová está usando no tempo presente?

R: Sim.

P: Para conduzir e dirigir a obra que Ele deseja que seja feita hoje na terra?

R: Sim.

P: É essa sua crença?

R: Sim.
  
P: É por essa razão que as Testemunhas de Jeová aceitam sem questionar as doutrinas e interpretações bíblicas como são expostas pela Sociedade Torre de Vigia através de seus diretores?

R: Sim.

P: Em publicações tanto periódicas como em forma de livro?

R: Sim.

P: Publicadas pelo Presidente e Diretores dessa Sociedade, e sob sua autoridade?

R: Sim.

(Julgamento na Escócia, págs. 22-25).
  
P: Uma testemunha não tem alternativa; tem que aceitar como autorizadas e para serem obedecidas as instruções emitidas em "The Watchtower" ou "The Informant" ou "Awake" ("Despertai")?

R: Ela tem que aceitá-las.

(Ibidem, págs. 122-123).
  
P: Há alguma esperança de salvação para um homem que confie só em sua Bíblia quando ele está numa situação no mundo onde não pode obter tratados e publicações de sua corporação?

R: Ele é dependente da Bíblia.
  
P: Ele será capaz de interpretá-la verdadeiramente?

R: Não.

(Ibidem, pág. 133).
  
P: Não se espera que ele se familiarize com as publicações da Sociedade?

R: Certamente que se espera.

P: Do ponto de vista das Testemunhas de Jeová, pode ele ter um entendimento das Escrituras separado das publicações das Testemunhas de Jeová?

R: Não.

P: Somente pelas publicações pode ele ter um entendimento correto das Escrituras?

R: Correto.

(Ibidem, pág. 499.)
  
É impossível obedecer a Bíblia e ser uma Testemunha de Jeová. Em
1 Tessalonicenses, 5:21, Paulo disse aos cristãos: "julgai todas as cousas", o que significa examinar tudo para ver se é de Deus ou dos homens. Este é um mandamento que os cristãos têm que guardar individualmente, um mandamento que não podemos transferir para outros.

Contudo, as Testemunhas de Jeová precisam aceitar sem questionar os ensinamentos da Sociedade Torre de Vigia e seus chefes admitem isso! Já vimos antes neste capítulo que H. C. Covington, o Conselheiro Geral, confirmava que o propósito das Testemunhas de Jeová era ter unidade baseada sobre uma aceitação forçada de profecias falsas.
  
É impossível para Deus Guiar a Sociedade Torre de Vigia

Em 1 Coríntios 14:33, Paulo disse: "...porque Deus não é de confusão, e sim de paz." Quando se começa a examinar a massa de doutrinas contraditórias e interpretações das Escrituras que vieram da Sociedade Torre de Vigia, não é possível poder-se acreditar que Deus seja o autor delas. Por exemplo, considere a natureza do livro de Rute na Bíblia. Em 1902 a posição da Sociedade Torre de Vigia sobre este livro era:

"Conquanto o livro de Rute não seja profético, mas meramente histórico, ele é valioso para nós de vários modos." (Watchtower Reprints, IV, 15 de novembro de 1902, pág. 3110, citado por Edmond Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 156.)  

Mudou contudo, em 1932 adotou um ponto de vista inteiramente diferente sobre Rute:
  
"O livro não é somente histórico, mas profético, o cumprimento de cuja profecia acontece nestes dias presentes.... Precisamos concluir que o livro de Rute tornou-se parte da Palavra de Deus ou mensagem como uma profecia para o benefício especial dos restantes nos últimos dias.... O livro é uma profecia."
(J. F. Rutherford, Preservation,  págs. 169, 175-176, citado Ibidem, pág. 156.) 

Sobre a ressurreição de Sodoma e Gomorra, em 1886, Russell disse:

"Assim nosso Senhor ensina que os sodomitas não tiveram uma oportunidade plena; e ele lhes garante tal oportunidade...." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, I. Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1886, pág. 110.)

Mudou em 1954, a posição tinha mudado e ensinavam que Deus não restauraria estas cidades:
  
"Ele estava indicando precisamente a extrema impossibilidade de resgate para os incrédulos ou aqueles decididamente perversos, porque Sodoma e Gomorra foram irrevogavelmente condenadas e destruídas, além de qualquer recuperação possível." (The Watchtower, 1 de janeiro de 1954, pág. 85, citada por Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 157.)
  

Em 1965, mudou de opinião, novamente!
  
"Como no caso de Tiro e Sidom, Jesus mostrou que Sodoma, má como era, não tinha chegado ao estado de ser incapaz de arrepender.... Assim, a recuperação espiritual do povo morto de Sodoma não é sem esperança."
(The Watchtower, 1 de março de 1965, pág. 139, citada Ibidem, pág. 157.)

 

"Que o restabelecimento de Israel na terra da Palestina é um dos acontecimentos a serem esperados neste Dia do Senhor, estamos plenamente seguros pela expressão acima do Profeta." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, III, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1891, pág. 244.)

  
"A promessa, vezes e mais vezes repetida, que o Senhor os reuniria e abençoaria na terra e os manteria ali e os abençoaria para sempre é prova conclusiva de que a promessa tem que ser cumprida.... Eis que o tempo está próximo!"
(J. F. Rutherford, Comfort for the Jews, pág. 55, citado por Gruss, Ibidem, pág. 158.)
  

Contudo, agora eles têm que aceitar sem questionar exatamente o oposto:
  
"Nada no moderno retorno dos Judeus à Palestina e no estabelecimento da república israelense corresponde às profecias da Bíblia concernentes à restauração do povo titular de Jeová no seu favor e organização.... O restante dos israelitas espirituais, como as Testemunhas de Jeová, proclamaram em todo o mundo o estabelecimento do reinado de Deus em 1914."
(Let God Be True, 2ª edição, págs. 217-218, citado Ibidem , pág. 158.)
  
Sobre as "autoridades superiores" de Romanos 13, as Testemunhas de Jeová ensinaram, até 1929, que as "autoridades superiores" eram os governos terrestres a quem os cristãos pagavam impostos, etc.
(C. T. Russell, Studies in The Scriptures, I, pág. 266.) Então, de 1929 a 1962, a Sociedade Torre de Vigia explicava as "autoridades superiores" como sendo o Altíssimo Deus Jeová e seu exaltado filho Jesus Cristo (This Means Everlasting Life, pág. 197.). 

Então, em 1962, ela retornou à sua posição anterior:
  
"A despeito do fim dos Tempos dos Gentios em 1914, Deus permitiu que as autoridades políticas deste mundo continuassem como 'autoridades superiores' ou 'poderes existentes,' que são ordenados por Deus." (Babylon the Great Has Fallen! God's Kingdom Rules!, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1963, p. 548.)

Certamente, podemos ver que estas mudanças de doutrina e estas declarações contraditórias não podem ter vindo de Deus. Citamos a Sociedade Torre de Vigia numa declaração com a qual concordamos.

"Jeová nunca comete erros. Onde o estudante confia no homem, é certo que ele será levado a dificuldades." (J. F. Rutherford, Prophecy, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1929, págs. 67, 68.)
  
"Os homens não somente contradizem a Deus, mas contradizem-se uns aos outros. Como poderiam eles ser guias confiáveis, a menos que suas palavras sejam baseadas nas palavras de Deus?"
(Awake!, 22 de março de 1963, pág. 32, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 159).


As Testemunhas de Jeová não honram Jesus como honram o Pai

Quando começamos a estudar o ensinamento das Testemunhas de Jeová sobre Jesus, logo veremos que o ponto crucial da questão é  se Jesus é ou não um ser criado. As Testemunhas  de Jeová, quando pressionadas, admitirão que Jesus é "um deus" ou que ele é um tanto divino. Mas sua crença básica sobre Jesus é que ele é um ser criado. Como tal, ele não é digno de adoração, como o Pai o é.

Naturalmente, se Jesus é um ser criado, então as Testemunhas de Jeová estão certas em não adorá-lo. O próprio Jesus disse, em Mateus 4:10 (quando ele se recusou a adorar Satanás): "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto". Este é um dos trechos favoritos das Testemunhas de Jeová em suas tentativas para mostrar que Jesus não deve receber adoração como o Pai.

A palavra grega para adoração nesta passagem é proskuneo, que literalmente significa "beijar a mão a alguém." A Bíblia uniformemente condena a adoração de tudo que é criado. Quando ele descreveu a degradação pagã dos gentios em sua idolatria. Paulo disse em Romanos 1:25, "Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"


A definição bíblica de idolatria

Sempre que se adora qualquer coisa criada, seja uma pedra, uma árvore, um ser humano, etc., pratica-se o que a Bíblia chama idolatria. Naturalmente, a aplicação a esta questão é: se Deus criou Jesus (como afirmam as Testemunhas de Jeová que ele fez), então quem adorasse Jesus seria um idólatra.

Para confirmar ainda mais que a adoração de seres criados é errada, note a tentativa de Cornélio de adorar Pedro em Atos 10:25-26: "Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou.  Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem" Qual era o ponto de Pedro? "Não é apropriado adorar um ser criado, e eu, Pedro, sou uma criatura, portanto, levanta-te!"

Em Apocalipse 19:10, João contou sua tentativa sem sucesso de adorar um anjo (que é uma criatura, Salmo 148:2-5):  "Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus." João tentou um ato semelhante em Apocalipse 22:9 e recebeu uma correção semelhante. Simplesmente, nunca é certo adorar uma criatura.  


Jesus recebeu adoração e nunca reprovou ninguém que o adorasse

Por causa de Pedro rejeitar a adoração de Cornélio, e do anjo rejeitar a adoração de João, é especialmente surpreendente que os escritores da Bíblia usem a palavra adoração (proskuneo) do próprio Jesus quatorze vezes no Novo Testamento. Jesus aceitou essa adoração e nunca reprovou aqueles que o adoraram!

Em Mateus 2:1-2:  "...vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.  E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo".

Semelhantemente, em Mateus 2:11:  "Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram...."

As Testemunhas de Jeová podem replicar que estes eram apenas pagãos ignorantes. Mesmo que isso fosse verdade, concordemos que eles cometeriam idolatria se Jesus fosse uma criatura. Observe algumas passagens mais adiante.

Em Mateus 8:2, temos este registro:  "E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me."
  
Alguém poderia asseverar que este homem também adorou Jesus em ignorância. Ainda assim, ele seria um idólatra se Jesus é, como as Testemunhas de Jeová asseguram, um ser criado.

Novamente, em Mateus 9:18:  "... um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá."

Em Mateus 14:33, passamos dos possíveis pagãos ignorantes para os próprios apóstolos de Cristo. Depois que Jesus salvou os apóstolos da tempestade no mar da Galiléia, "...os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!"
  
Se Jesus fosse uma criatura, não parece estranho que, diferentemente de Pedro e do anjo que rejeitaram adoração, Jesus a aceitasse? Jesus nunca reprovou qualquer ato de adoração oferecido a ele.

Em Mateus 15:25, uma mulher cananéia  "...veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!" sem repreensão de Jesus. Em Mateus 20:20,  "Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor." Até então, Jesus tinha ensinado os apóstolos durante quase três anos e é óbvio que ele não lhes tinha ensinado a doutrina da Sociedade Torre de Vigia. Eles pensavam que era inteiramente correto adorar a Cristo!

Em Mateus 28:9, depois de três anos e meio com Jesus e depois de sua ressurreição, Maria Madalena e a outra Maria estavam correndo para dar a notícia aos seus discípulos.  "E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram." No versículo 17, quando os onze discípulos encontraram Jesus na Galiléia,  "E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram."

Encontramos exemplos semelhantes em Marcos 5:6-7 e João 9:38. Queremos também notar especialmente Lucas 24:51-52, que aconteceu depois da ressurreição de Jesus: "Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu.  Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo."

Contudo, algo ainda mais estranho existe. Em Hebreus 1:6, Deus disse de Jesus:  "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem."

Assim, se as Testemunhas de Jeová estão certas quando dizem que Deus criou Jesus, então não somente temos os apóstolos envolvidos em idolatria, mas Jesus aceitou a adoração idólatra deles. Também temos os anjos do céu envolvidos em adoração idólatra de Jesus, e Deus é quem está por trás de tudo!

Ainda mais, em referência a Jesus em Apocalipse 5:13-14, temos:  "Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.  E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram."
  

Por estes exemplos podemos ver que somente um ser não criado, divino, deve receber adoração (Mateus 4:10, Romanos 1:25). Jesus recebeu adoração, sem censura, de homens mandados a adorá-lo pelo próprio Deus. Portanto, Jesus é um ser divino, não criado por Deus.

Isto é exatamente o que está errado na base do ensinamento das Testemunhas de Jeová sobre Jesus. Elas não adoram a Jesus. Em João 5:22-23 Jesus disse, "E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,  a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai".

Isto é exatamente o que as Testemunhas de Jeová não fazem. Eles recusam honrar o Filho assim como honram o Pai.
  

As Testemunhas de Jeová, no passado, achavam certo adorar Jesus

Uma coisa notável sobre a adoração de Jesus pelas Testemunhas de Jeová é que elas, no passado, criam que isso era correto. A Sociedade Torre de Vigia, costumava ensinar exatamente como a Bíblia o faz nesse assunto! Observe estas palavras das primeiras revistas Watchtower:
  
"Pergunta... Ele foi realmente adorado, ou é apenas falha de tradução? Resposta. Sim, cremos que nosso Senhor enquanto estava na terra foi realmente adorado, e também corretamente.... Era correto para nosso Senhor receber adoração..."
(Watchtower Reprints, III, 15 de julho de 1898, pág. 2337, citado Ibidem, pág. 157.)
  
"Ele foi objeto de adoração sem censura ainda quando recém-nascido, pelos sábios que vieram ver o recém nato rei.... Ele nunca reprovou ninguém por atos de adoração oferecidos a si mesmo."
(Watchtower Reprints, I, Outubro de 1880, pág. 144, citado Ibidem, pág. 157.)
  

"Os propósitos desta sociedade são: adoração cristã pública do Todo Poderoso Deus e Jesus Cristo; prover e manter assembléias locais e mundiais para tal adoração...." (Citado Ibidem, pág. 157.)
  
"...nenhuma distinta adoração é para ser prestada a Jesus Cristo agora glorificado no céu. Nossa adoração tem que ser a Deus Jeová."
(The Watchtower, 1 de janeiro de 1954, pág. 31,  citado Ibidem, pág. 157.)

  
"Se a expressão 'adoração' for preferida, então precisa ser entendido que tal 'adoração' é somente de um tipo relativo."
(The Watchtower, 15 de novembro de 1970, pág. 704, citado Ibidem, pág. 157.)
  
 
"Prostrar-se diante de homens ou anjos como adoração 'relativa' proibida."
(Make Sure of All Things, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1953, pág. 178.)

Vemos a confusão. Relembramos esta afirmação pelo segundo presidente da Sociedade Torre de Vigia:
  
"Jeová jamais comete erros. Onde o estudante confia no homem, ele tem certamente que ser levado a dificuldades."
(J. F. Rutherford, Prophecy, págs. 67-68.)

Não é possível que as Testemunhas pertençam a Jeová, porque não honram a Cristo como deveriam. Jesus disse: "Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (João 5:23).


As Testemunhas de Jeová propagam ensinamentos que contradizem o ensinamento claro da Bíblia

Existem passagens difíceis nas Escrituras, como Pedro disse em 2 Pedro 3:16 sobre os escritos de Paulo: "nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles".

Contudo, não é dessas Escrituras que falamos nesta parte. As Testemunhas de Jeová lutam até mesmo com as mais simples passagens de inspiração. Elas propagam ensinamentos que contradizem de modo gritante algumas das mais claras passagens de toda a Bíblia. Seguem-se apenas uns poucos exemplos entre os muitos que poderiam ser apontados:
  
O Rico e Lázaro

Em Lucas 16:19-23, Jesus nos disse:
  
"
Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.  Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele.... Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio."

Esta passagem, vista literalmente, se opõe a tudo o que as Testemunhas ensinam sobre o que acontece ao homem depois da morte. Conquanto não seja nosso propósito aqui tratar minuciosamente deste assunto, levanta-se a questão: "O que as Testemunhas ensinam a sobre esta passagem? Como evitam sua força?" Uma interpretação mais absurda desta passagem seria difícil de se obter do que aquela sustentada pelas Testemunhas. Elas nos dizem que esta passagem é uma "parábola" na qual:
  
"... o rico representa a ultra-egoista classe do clero da cristandade, que agora está muito afastada de Deus e morta para a sua graça e serviço e atormentada pela verdade proclamada sobre o Reino. Lázaro retrata o remanescente fiel do 'corpo de Cristo'. Este, ao ser libertado da Babilônia moderna desde 1919, recebe a graça de Deus, representada pela 'posição no seio de Abraão' e é confortado pela sua Palavra."
(Let God Be True, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, Inc., 1946, pág. 79).

Primeiro, observe que as Testemunhas e todos os outros que precisam negar esta escritura supõem que seja uma parábola. Em nenhum lugar nenhum outro escritor inspirado se refere a ela como sendo isso. Quando Jesus falou de "um certo rico" e de "um certo mendigo," Ele, evidentemente falou de pessoas históricas. Contudo, suponha que, ainda que a passagem nunca seja dita como uma parábola, aceitamos que seja.

Contou Jesus, jamais, uma parábola em todo o seu ministério que não fosse baseada em coisas que existiam? Por exemplo, no capítulo anterior de Lucas, Jesus contou a parábola da ovelha perdida, a parábola da moeda de prata perdida, e a parábola do filho pródigo. Na primeira parte de Lucas 16, Jesus contou a parábola do administrador infiel. Poderíamos concluir pelas parábolas que ovelhas não existem? Nem prata perdida? Nem filhos pródigos? Nem administradores infiéis?

O verdadeiro propósito das parábolas era ensinar uma verdade abstrata baseada em algo que existisse na realidade, como ovelhas, moedas de prata, administradores, filhos pródigos, etc. Uma interpretação mais fantasiosa de uma "parábola" seia difícil de se obter, e contudo, Jesus nunca falou da passagem como sendo uma parábola. Ensinamento contraditório semelhante é característico das Testemunhas.
  
A personalidade do Espírito Santo

As Testemunhas têm que acreditar que o Espírito Santo, do qual se fala extensivamente na Bíblia, não é uma pessoa. Isto é, o Espírito Santo não tem as características de personalidade. Eles falam do Espírito Santo assim:
  
"Mas o espírito santo não tem nome pessoal. A razão para isto é que o espírito santo não é uma pessoa inteligente. É a força ativa, impessoal e invisível, que tem sua fonte e reservatório em Deus Jeová e que ele usa para cumprir sua vontade."
(Let Your Name be Sanctified, pág. 269, citado por Hoekema, op. cit. pág. 258).

Make Sure of All Things (ou seja, Certifique-se de Todas as Coisas) fala da grande comissão, quando Jesus disse aos apóstolos: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28:19-20). Nessa obra, a Sociedade Torre de Vigia diz que:
  
'Em Nome do Pai' significa 'reconhecer o Cargo e a Autoridade' do Pai; igualmente, 'Em Nome do Filho' significa 'Reconhecer o Cargo, e Autoridade' do Filho. Contudo, 'Em Nome do Espírito Santo' significa 'Reconhecer a Função, a Atividade' do Espírito Santo."
(Make Sure of All Things, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1953, pág. 41).

Simplesmente porque não crêem que o Espírito Santo seja uma pessoa.

Em contraste com estas afirmações, achamos que o Espírito Santo tem tantas características de uma pessoa que ele 1. sabe a vontade de Deus (1 Coríntios 2:11), 2. tem uma vontade (I Coríntios 12:11, Hebreus 2:4-5), 3. pode ser entristecido (Efésios 4:29-30), 4. pode-se mentir a ele (Atos 5:3), 5. é dotado de palavra (1 Timóteo 4:1) ' ensina (João 14:26), ' dá testemunho (João 15:26, Hebreus 10:15), " ouve (João 16:13), " ama, (Romanos 15:30), e faz intercessão (Romanos 8:26).

Em resumo, o Espírito Santo é uma pessoa porque ele faz obras que apenas uma pessoa pode fazer. Qual "força ativa sem inteligência, impessoal e invisível" pode fazer sequer uma das coisas que foram citadas acima? As Escrituras tornam abundantemente evidente àqueles que vão honestamente a elas para ver o que dizem. O Espírito Santo exerce um cargo que somente uma pessoa poderia ocupar.


A ressurreição de Cristo

Poucas pessoas percebem que as Testemunhas negam a ressurreição corporal de Jesus da sepultura. Contudo, a Sociedade Torre de Vigia ousadamente afirma:

"O primogênito dos mortos não foi levantado da cova como uma criatura humana, mas foi erguido como um espírito." (Let God Be True, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1946, pág. 272.)

"...Deus Jeová deu fim a esse corpo pelo seu modo próprio, assim como deu fim ao corpo de Moisés, que foi uma espécie de Jesus Cristo; mas ninguém sabe como." (The Truth Shall Make You Free, pág. 264, citado por Hoekema, op. cit., pág. 274.)

"...foi necessário que, não somente o homem Jesus Cristo morresse, mas igualmente necessário que o homem Jesus Cristo nunca mais vivesse." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, V, Brooklyn: International Bible Students Association, 1899, pág. 454.)

"O corpo humano de nosso Senhor...não deteriorou ou se corrompeu.... Se foi dissolvido em gases ou se ainda está preservado em algum lugar como o grande memorial do amor de Deus, da obediência de Cristo, e de nossa redenção, ninguém sabe." (Ibidem, II, pág. 129).

"...ele foi morto como um homem, mas foi ressuscitado dos mortos como um ser espiritual da mais alta ordem de natureza divina... o homem Jesus está morto, morto para sempre, e não poderia ser um pai ou doador de vida ao mundo" (Ibidem, V, págs. 453-454.)

Estes constituem contradições premeditadas a algumas das mais claras palavras que Jesus jamais disse:
  

"E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente" (João 20:27)

"Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.  Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.  E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer?  Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado e um favo de mel.  E ele comeu na presença deles" (Lucas 24:39-43).

 

O batismo

Seguindo o exemplo acima, seria difícil achar uma ilustração mais clara das doutrinas que as Testemunhas de Jeová propagam que contradizem diretamente o claro ensinamento bíblico. Contudo, observe a declaração da Torre de Vigia sobre o batismo:
  
"Batismo Não Lava Nossos Pecados."
(Make Sure of All Things, pág. 40.)

Compare isso com a afirmação de Ananias a Saulo em Atos 22:16: "E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele."

"O que, então  significa o batismo cristão? Não é uma lavagem de nossos pecados... (Efésios 1:7)" (The Truth that Leads to Eternal Life, pág. 183).

Que arrogância inserir esta afirmação num livro intitulado Verdade! Se lermos Efésios 1:7, veremos que, longe de dizer que o batismo nada tem a ver com a remissão dos pecados, Paulo disse de Cristo:  "...no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados".

Paulo nos disse onde temos redenção através do sangue de Cristo: em Cristo. Em Gálatas 3:27, Paulo nos contou como entramos em Cristo, onde está a redenção: "...porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes".
  
De acordo com Paulo, somos batizados em Cristo, onde a redenção através do sangue de Cristo acontece. A Bíblia contradiz claramente as Testemunhas neste assunto.

 

 

Por fim não se trata de uma disputa sobre o que a Bíblia ensina. As Testemunhas de Jeová propagam ensinamentos diretamente contraditórios ao claro ensinamento da Bíblia em muitos assuntos essencias.

 

­por Samuel G. Dawson.  Traduzido  do  livro Denominational  Doctrines:  Explained, Examined, Exposed,  © 1990 por Samuel G. Dawson e Patsy Rae Dawson, direitos autorais reservados. Usado com permissão.