MATERIALIZAÇÃO DA FÉ

Faz parte de qualquer ordem religiosa ou filosófica em que se queira exercer certa influência em seus liderados, eleger um líder carismático, "um santo homem de Deus", inquestionável, onde a sua palavra é lei e também lhe é atribuído poderes.

Você já ouviu aquela frase muito pentecostal, bem conhecida e tão quanto destorcida: “Somente Deus trata com Pastor, ainda que esteja errado, só Deus pode falar e corrigir.”

E é por ai que certos lideres se julgam, neles são atribuídos poderes. Nesse sentido a fé é depositada agora numa pessoa, e em tudo que “julgam ser procedente.” Exemplos onde alguns líderes determinam “como sinal de Deus” que as pessoas centralizem seus pedidos de fé: Lenço, rosa, copo com água, óleo, sal, arca entre outros objetos para materializar a fé e alcançar as bênçãos. Juntamente com esses objetos um “valor financeiro de fé”.

 

Deus é fiel em sua Palavra para trazer a existência suas promessas. Materializar a fé em troca de promessa de Deus não tem base bíblica, ainda mais com solicitação duma “oferta” e com valor especificado.

Rm 1;25 Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre.

Em outra versão diz: Quem acredita na mentira do poder dos amuletos se afasta de Deus, que é a verdade, e seu relacionamento com Deus sofre.


Nós, os cristãos, mais do que ninguém, reconhecemos o poder da Palavra de Deus. Mas este poder só é válido quando tomamos toda a Bíblia como regra de fé e conduta, e não quando extraímos trechos isolados e os usamos com um ritual, ou quando escrevemos um trecho qualquer das Escrituras e os usamos como talismã.

 

Temos de tomar cuidado para que a nossa fé não se deteriore em superstição e idolatria. Em Números 21;4-9, Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e colocasse sobre uma haste. Todos os israelitas que olhassem para ela seriam curados, e assim aconteceu.

Todavia, com o passar dos dias, o povo de Israel, ao invés de colocar sua fé no Deus que os curava ao olharem para a serpente de bronze, puseram sua confiança na própria serpente e passaram a adorá-la e a oferecer-lhe incenso.

Substituíram Deus por um dos instrumentos que Ele usou para abençoá-los.

Anos mais tarde, o rei Ezequias ordenou sua destruição: "Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã" (2 Rs 18;4)